Ex-alunos do Iacs falam sobre importância da formação universitária no mercado de jornalismo

quarta-feira, 20 de junho de 2012 0 comentários
Nelson Lima Neto

O Instituto de Arte e Comunicação Social (Iacs) da Universidade Federal Fluminense (UFF) foi palco de mais uma edição do Controversas, na última segunda-feira, 18 de junho. Dessa vez, o tema foi o Jornalismo Cultural e suas vertentes. Na mesa, seis ex-alunos da universidade que atuam, ou já atuaram, com a Comunicação Cultural. Em meio aos relatos de cada palestrante acerca de suas carreiras, um fator em comum: a importância do curso de Jornalismo da UFF em suas formações. 

Foto: Isis Souza
Independentemente da época em que os convidados passaram pelas salas da 'casa rosa', começando pelo final dos anos 1970 até meados da década seguinte, os ensinamentos ficaram marcados para toda a vida. Envolvidos no turbulento cenário político que o país vivia, não viveram a faculdade apenas como uma passagem.

“A graduação foi muito importante no sentido humano, no sentido da formação como pessoa. Eu achava que iria mudar o mundo quando entrei na faculdade e logo vi que não era assim. Os ensinamentos foram além do lead e do sublead, me formei ideologicamente aqui”, afirmou Alda Maria Almeida, que hoje trabalha como professora universitária.

Para o roteirista e humorista Ulisses Mattos, que se formou na metade da década de 1990 e já editou o Caderno B, do Jornal do Brasil, e a "revista M", independente, o dedo do Iacs está presente em cada texto produzido ao longo da carreira.

“O curso me deu uma formação para o futuro. Eu não acho que seja necessário ter um diploma para atuar como jornalista, mas a parte teórica que aprendemos na faculdade é de fundamental importância. Entre contratar uma pessoa com e outra sem diploma, dou preferência à que possui o ensino superior”, explicou Ulisses. 

As últimas quatro palestrantes se formaram nos anos 2000 e se emocionaram ao falar dos momentos que viveram no campus da Rua Lara Vilela. Cláudia Lamego, da Fundação Roberto Marinho; Vivi Fernandes, da Revista de História da Biblioteca Nacional; Táia Rocha, da agência EFE; e Flávia Midori, da Reader´s Digest, relembram a participação dos professores do Iacs em suas formações e exaltaram a bagagem que levaram da faculdade para o mercado de trabalho.

“Fico emocionada por estar aqui. Fiz amigos para toda a vida no Iacs, saio com eles até hoje. Sempre tivemos uma ligação política muito forte, procurávamos reivindicar melhorias. Fizemos até um jornal sobre Instituto, foi um período muito legal”, contou Cláudia, contendo a emoção.

“Aprendi muita coisa na faculdade.Um ponto importantíssimo foi o embasamento teórico para me auxiliar no que eu procurava profissionalmente. Aprendi a fazer projeto com a Sônia Aguiar. Saí do curso dela com um projeto de revista pronto que terminou ganhando corpo", disse Vivi Fernandes.

“Postei uma foto da entrada do Iacs no Facebook e vários ex-colegas comentaram. Também fico emocionada ao voltar aqui, foi uma fase importante da minha vida”, acrescentou.

Mesmo Flávia Midori, que trabalha na área editorial e disse não ter muita vocação para jornalista, concordou que a formação ajudou. Táia Rocha, editora da agência EFE, menciou a boa relação que tinha com alguns professores. Referiu-se aos mestres Alceste Pinheiro e Sylvia Morethzon como seus 'pais'.

“Se eu não fosse filha da minha mãe, com toda certeza seria filha da Sylvia. Outro que adoro é o Alceste. Foram pessoas que marcaram a minha vida aqui”, disse Táia aos risos, divertindo a plateia.

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