De estudante de Economia a jornalista: a história profissional de Cláudia Lamego

quinta-feira, 31 de maio de 2012 0 comentários
Roberta Amazonas



Não é fácil organizar e coordenar eventos que envolvem todos os setores que estão espalhados pelos oito andares da empresa. Mesmo com uma equipe operacional que conta com sete pessoas para auxiliar nos trabalhos, montar roteiros de cerimônias, escrever discursos, ir até os locais onde os eventos serão realizados para avaliar o espaço e ainda manter a calma não é para qualquer um. “Essa parte de eventos é bem agitada, porque são muitos lançamentos, muitos encontros. Às vezes até um jantar para parceiros a gente faz”, comenta Cláudia Lamego, Coordenadora de Imprensa e Eventos da Fundação Roberto Marinho.

Foto: Isis Souza
Há dois anos na empresa, Cláudia tem 37 anos e se formou em Jornalismo na UFF em 2002. Antes, contudo, cursou quatro anos de Economia e um período de publicidade. “Na época do vestibular, com 18 anos, ninguém sabe o que quer da vida, e a área de Comunicação era muito distante da minha realidade. Eu estudava Economia na UFF e um dia resolvi cursar uma eletiva na Comunicação. Pensei: gente, aqui é a minha casa”, conta Cláudia, que em 1998 fez a prova de transferência de curso da UFF.


Aluna aplicada em uma turma bastante criativa e militante, Cláudia e os amigos criaram, no 5º período, um jornal produzido pelos próprios estudantes e impresso na gráfica da universidade, o “Caroço”, que só contou com quatro edições.

“Nós éramos muito criativos, fazíamos os textos a 20 mãos. A gente começava o texto na aula, aí um escrevia uma frase, o outro escrevia mais uma, então pensamos que tínhamos que fazer alguma coisa, a gente tinha que publicar. A gente tinha reunião de pauta, dividia quem ia fazer o quê. O jornal tinha texto literário, conto, entrevista. Chegamos a ir na Caros Amigos uma vez fazer matéria. Depois que a gente criou o blog", diz.

No Globo, atuação em diferentes editorias

Quando se formou, Cláudia já era estagiária no jornal O Globo e passou para trainee na editoria de Política, até que foi para os jornais de bairros. Ficou no veículo por dez anos. Cláudia volta e meia era emprestada para a editoria Nacional, onde cobriu as eleições de 2002, acompanhou a campanha estadual e cobriu o escândalo do mensalão em 2004, entre outros. No entanto, a rotina sem horário fixo tornou-se complicada quando teve seu filho em 2008.

Convidada por uma amiga, Cláudia foi trabalhar, então, na assessoria de imprensa da EBX, onde ficou apenas seis meses. “Era mais loucura ainda. O Eike toda hora inventa um negócio novo. E o que eu queria era um momento mais tranquilo”, afirma. Ao sair da assessoria, Cláudia chegou a fazer uma entrevista para trabalhar na campanha do governador Sérgio Cabral, mas antes de fechar qualquer acordo foi chamada para trabalhar na Fundação Roberto Marinho, onde começou como coordenadora de conteúdo no setor de Imprensa e foi acumulando funções até ser promovida ao cargo atual. “Eu gosto muito daqui e eu vim para cá porque era um lugar onde eu poderia ter de novo o que eu tinha no Globo, que é estabilidade”, explica Cláudia.

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