Foto: Mariana Pimenta |
Flávia Midori
Nívia Passos
Toda a correria para a edição de
um livro faz parte do cotidiano de Flávia Midori. Porém, para ela, o esforço
vale a pena quando o exemplar que ajudou a produzir aparece nas prateleiras das
livrarias. Formada em 2009, a ex-aluna de Jornalismo do Iacs já passou pelas
editoras Sextante, Nova Fronteira e Ediouro. Atualmente, aos 29 anos, é produtora
editorial da Reader´s Digest Brasil.
Além de achar
interessante e dinâmica a parte de correr atrás da notícia e produzi-la,
Flávia afirma que o interesse pela leitura foi o principal fator para escolher
o curso. No início da faculdade, seu objetivo era unir jornalismo e cinema,
trabalhando como crítica cinematográfica. “Sonhava em ganhar
dinheiro vendo filmes. Doce ilusão!”, brinca. Para ela, o mercado do jornalismo
está saturado há um bom tempo, mas, na área de cultura, conseguir um espaço é
ainda mais difícil.
No início da
carreira, Flávia trabalhou corrigindo e revisando artigos. Seu contato com as
editoras começou em 2007, quando entrou como estagiária numa editora de
apostilas didáticas e corporativas. Por dois anos, ela cursou a faculdade de
Jornalismo junto com a de Letras, na UFRJ, e foi por ter os dois cursos no
currículo que a Editora Ediouro a chamou para trabalhar como estagiária. “Sempre
gostei de livros, mas caí na editora de paraquedas. Não sabia nada sobre
processo editorial. Entrei lá só sabendo português e acabei gostando da coisa.
Estava meio perdida, terminando a faculdade de Jornalismo, mas sem querer
trabalhar na área, não sabia que rumo tomar. Na Ediouro, descobri”, ressalta.
Saber bem o
português – incluindo as novas regras do acordo ortográfico – ter bom senso,
iniciativa e fazer contatos são os requisitos que Flávia destaca como fundamentais
para quem quer trabalhar em editoras. “É imprescindível fazer networking no
mercado editorial, que é do tamanho de um ovo. Fazer cursos na área também é um
ponto a favor no currículo. Infelizmente, conhecer todo mundo e ter 'QI' (quem indica, pistolão) é quase
fundamental. Eu, por acaso, tive sorte.”
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