Jornalismo cultural, a paixão da “menina que gostava de escrever” Táia Rocha

quinta-feira, 31 de maio de 2012 0 comentários
Sandra Amancio
Foto: Mariana Pimenta



Conhecida nos tempos de escola como a “menina que gostava de escrever”, Táia Rocha desde os nove anos já sabia qual seria a sua profissão: jornalista. Foi com essa idade que ela e a irmã decidiram criar o pequeno jornal “Gazeta de Niterói”, em Volta Redonda, após a ocorrência de um assassinato perto de sua casa. Foi aí que a paixão pelo jornalismo começou. Mas a experiência na área de “jornalismo investigativo” ficou restrita apenas a esse fato, pois o que Táia adora mesmo é escrever sobre cultura, em especial, sobre música. 

Formada em jornalismo pela Universidade Federal Fluminense (UFF) e em música pela Escola Villa Lobos, Táia é uma dos ex-alunos da UFF que participarão do Controversas Cultura, em 18 de junho. A jovem jornalista, formada em 2010, trabalhou com jornalismo cultural no Jornal do Brasil (JB) e na Secretaria Municipal de Cultura da Prefeitura do Rio de Janeiro. Atualmente, ela é editora júnior da agência de notícias EFE, depois de passar alguns meses editando duas revistas na agência de comunicação Cajá. 

Para ela, uma das melhores experiências foi no JB. “Eu trabalhava muito, já cheguei a sair da redação às 3h da manhã, chorava de cansaço. Mas foi onde eu mais aprendi, e, principalmente, sobre termos de teatro”, destaca. Quando estava no penúltimo ano da faculdade e descobriu que o JB estava selecionando estagiários, Táia pediu a alguns amigos que trabalhavam no jornal para ser indicada. Ela começou no JB Niterói e depois foi transferida para o caderno B, onde escrevia sobre artes plásticas. Ficou no jornal até se dar conta de que não seria possível escrever a monografia trabalhando no JB. 

Outras experiências



No mesmo mês em que se formou na UFF, Táia começou a trabalhar na Secretaria de Cultura. Ela era responsável pelas mídias sociais e foi durante a sua gestão que o Twitter da Secretaria passou de dois mil para quase 10 mil seguidores. E não foi só isso que Táia “revolucionou” enquanto trabalhava na Secretaria: ela foi a primeira mulher a gravar os áudios que são tocados nas aberturas das peças dos dez teatros municipais. A sua voz é ouvida até hoje no início das sessões teatrais. “Quando nós fazemos o que gostamos, não tem jeito, somos muito mais proativos”, afirma Táia, que se candidatou logo que soube que os áudios seriam regravados. 

Mesmo atualmente não trabalhando com a sua paixão, que é o jornalismo cultural, Táia vê como excelentes as experiências que tem tido. “Estar sempre aprendendo é uma das melhores coisas da profissão. Nunca imaginei que fosse me interessar por medicina do trabalho. No período em que estive na Cajá, passei a estudar e me interessar sobre o assunto”. 

Táia já vendeu exemplares de sua produção jornalística (os exemplares de sua “Gazeta de Niterói, que custavam R$ 0,50), mas hoje prefere uma distribuição mais democrática. Ela divide as suas experiências e conhecimentos numa plataforma gratuita e acessível a qualquer pessoa que se interessa por questões ligadas “a morar sozinha”. Vale a pena conferir o blog da jornalista e, é claro, a sua participação no Controversas. 

Veja aqui algumas publicações da jornalista no JB.

A primeira experiência da Táia na área do jornalismo

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